Geração de hidrogênio
FURNAS inicia geração de hidrogênio pela primeira na sua história
Iniciativa é parte de projeto de P&D de geração e armazenamento de energia desenvolvido na área da Usina de Itumbiara
Publicado em: 15/03/2021
Pela primeira vez em 64 anos de história, FURNAS irá gerar hidrogênio em uma de suas instalações. Começou esta semana o comissionamento do eletrolisador e da planta solar que FURNAS está construindo na área da Usina de Itumbiara.
O projeto compreende a implantação de infraestrutura e ensaios para obter e analisar informações sobre tempos de resposta, qualidade e quantidade de energia armazenável, que permitirão avaliações necessárias a projetos de grande porte.
“O objetivo principal do projeto é estudar a inserção do armazenamento de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN), buscando sinergia entre a geração hidroelétrica e o armazenamento de energia, além de otimizar instalações já consolidadas e com infraestrutura instalada, como linhas de transmissão e subestações. Com isso buscamos respostas mais rápidas para o brusco aumento de carga no SIN com o armazenamento em hidrogênio e em baterias, além de aumentar a confiabilidade do sistema com melhor regulação dos parâmetros elétricos” explica o engenheiro do Centro Tecnológico de Engenharia Civil de FURNAS e coordenador técnico do projeto, Jacinto Pimentel.
Denominado “Desenvolvimento de sinergia entre as fontes hidrelétrica e solar com armazenamento de energias sazonais e intermitentes em sistemas a hidrogênio e eletroquímico”, o projeto de pesquisa visa atender à Chamada n°. 21/2016 da ANEEL de Projeto Estratégico - Arranjos Técnicos e Comerciais para inserção de Sistemas de Armazenamento de Energia no Setor Elétrico Brasileiro.
Os parceiros de FURNAS nesse projeto são a Barbosa e Barbosa Engenharia Elétrica - BASE, o Centro de Tecnologia em Energia da Universidade de Brandenburgo, a Fundação de Ensino, Pesquisa e Extensão de Ilha Solteira – FEPISA, o Instituto SENAI de Tecnologia em Automação e o Laboratório de Hidrogênio da Universidade Estadual de Campinas – LH2/Unicamp. A previsão de conclusão dessa etapa do projeto é junho de 2021, mas a planta deverá ser objeto de estudos continuados no armazenamento de energia.
“Se é o futuro, FURNAS está lá”, completa o Gerente do Centro Tecnológico de Engenharia Civil de FURNAS, Renato Cabral.
O hidrogênio é o elemento mais abundante no universo, embora raramente seja encontrado em sua forma elementar. É produzido a partir de matéria-prima contendo hidrogênio, por exemplo, água, biomassa, combustíveis fosseis, etc. Quando obtido, o hidrogênio pode ser usado para armazenar, mover e entregar energia com baixo (ou sem) carbono para onde for necessário.
O hidrogênio pode ser armazenado como líquido, gás, ou composto químico, e pode ser convertido em energia por meio dos processos de combustão tradicionais (motores, fornos ou turbinas a gás), e por meio de processo eletroquímico (células de combustível).
Para o caso do projeto de FURNAS, o processo de obtenção será por meio da eletrólise da água com o uso do Eletrolisador, alimentado por energia de fonte fotovoltaica. O hidrogênio é então armazenado em forma de gás em tanque de armazenamento instalado na planta. Este tipo de hidrogênio, obtido a partir de fonte de energia renovável, é denominado “Hidrogênio Verde”.
O hidrogênio armazenado é utilizado na obtenção de eletricidade por meio do uso de Célula de Combustível, e esta energia será integrada ao SIN por meio da subestação instalada na UHE Itumbiara. O projeto também contempla o uso de armazenamento eletroquímico em baterias e os estudos envolverão a utilização destes dois vetores.
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