Fauna

Ictiofauna

FURNAS se compromete, de forma responsável e consciente, com a conservação sustentável da Biodiversidade da Ictiofauna que ocorre nos reservatórios de suas usinas hidrelétricas, planejando e executando programas de monitoramento e ações de conservação de espécies de peixes nativos das respectivas bacias hidrográficas.

A empresa realiza, no âmbito dos processos de licenciamento de seus empreendimentos, estudos voltados para o monitoramento da comunidade de peixes antes e após a construção das hidrelétricas, acompanhando, avaliando e registrando as alterações sobre a biologia e a ecologia de diversas espécies de interesse ecológico e socioeconômico, onde destacam-se: (i) Estudos de inventário da Ictiofauna; (ii) Análises sobre a biologia e ecologia da Ictiofuna; (iii) Análise do ictioplâncton (ovos e larvas de peixes); e (iv) Monitoramento pesqueiro (caracterização socioeconômica dos pescadores e da atividade de pesca nas áreas de influência).

Tais estudos geram, a médio e longo prazos, dados científicos robustos que auxiliam no aprimoramento contínuo e na proposição de medidas adequadas voltadas para a manutenção da diversidade ictiofaunística e dos recursos pesqueiros.

Além das ações de monitoramento, a empresa também executa ações voltadas para a conservação das espécies em diferentes reservatórios, destacando-se:

Operação e monitoramento de Sistema de Transposição de Peixes (STP) (UHE Simplício – Queda Única), com a realização de estudos como: telemetria de espécies migradoras; análise genética de populações de peixes migradores; e análise de eficiência do STP, com capturas específicas e monitoramento por vídeo.
Estudo experimental de biotelemetria sobre o deslocamento de espécies ameaçadas de extinção (de origem ex situ) no rio Paraíba do Sul, através da marcação e soltura de 60 indivíduos (sendo 20 por espécie) de Piabanha (Bryconinsignis), Surubim-do-Paraíba (Steindachneridionparahybae) e Grumatã (Prochilodusvimboides).
Ações de repovoamento de peixes em trechos lóticos dos dois principais rios tributários (Sapucaí e Pardo) dos reservatórios das Usinas Hidrelétricas de Marimbondo e Porto Colômbia, no âmbito dos respectivos processo de licenciamento ambiental, com os parâmetros referentes a relação de espécies, quantidades de alevinos por espécie, período e locais de soltura sendo definidos com embasamento científico, cujos dados são previamente obtidos através dos estudos anuais de monitoramento de Ictiofauna. As atividades desenvolvidas são: (i) a soltura de alevinos de cinco espécies de peixes de Piracema, todas nativas da bacia do Paraná: Curimbatá (Prochiloduslineatus); Dourado (Salminusbrasiliensis); Pacu Caranha (Piaractusmesopotamicus); Piapara (Megaleporinusobtusidens); e Piracanjuba (Bryconorbygnianus); e (ii) atividades de monitoramento voltadas para o acompanhamento e análise da eficiência dos repovoamentos nos tributários.
Ações para o resgate e soltura de peixes que, porventura, fiquem momentaneamente confinados em compartimentos de unidades geradoras das usinas, quando da necessidade de parada programada ou emergencial das mesmas para manutenção. Através de uma ação coordenada que envolve as etapas de análise da situação, resgate e a soltura de peixes, é executada por profissionais da própria empresa, envolvendo as áreas de Meio Ambiente, Manutenção e Operação.

Fauna Terrestre

A construção de hidrelétricas e linhas de transmissão requer ações de manejo das populações faunísticas, a fim de minimizar a interferência nas áreas sob influência desses empreendimentos.

Ao participar dessas ações de manejo, instituições de pesquisa de renome nacional e internacional desenvolvem estudos que contribuem para ampliação do conhecimento científico sobre diversas espécies. Além disso, pesquisadores utilizam os dados coletados para a elaboração de teses de mestrado e doutorado, aprimorando ainda mais o conhecimento sobre afauna brasileira.

FURNAS adquiriu vasta experiência em operações de resgate da fauna realizadas durante a formação dos reservatórios das Usinas Hidrelétricas de Corumbá e de Serra da Mesa, em Goiás, e no Aproveitamento Múltiplo de Manso, em Mato Grosso, nos anos 90 e 2000. Mais recentemente, realizou resgates nos Aproveitamentos Hidrelétricos de Simplício (MG/RJ) e Batalha (MG/GO).

Etapas dos Estudos de Fauna

FURNAS estuda o local do empreendimento em momentos diferentes.

Primeira etapa: Inventário da fauna.
Segunda etapa: Manejo e resgate da fauna silvestre durante a implantação dos empreendimentos, incluindo a fase de enchimento dos reservatórios.
Terceira etapa: Monitoramento e conservação da fauna, que fornece indícios de como os animais da região vêm reagindo às mudanças no ambiente.

Trabalhos já concluídos ofereceram ótimas oportunidades para investigações a respeito do efeito da fragmentação e da insularização (grau de isolamento) dos habitats sobre as populações e comunidades faunísticas. Foi também possível avaliar a capacidade de alguns animais trasladados se adaptarem à área de soltura.

Os Guias de Fauna produzidos têm como principal objetivo contribuir com a divulgação de informações técnico-científicas geradas a partir dos estudos desenvolvidos por FURNAS em torno de seus empreendimentos, além de conscientizar o leitor da importância da preservação da biodiversidade e dos recursos naturais. Tais livros possuem informações relevantes sobre as principais características biológicas e ecológicas das espécies registradas.

Mais recentemente, foi dada maior ênfase à Conservação de espécies ameaçadas, através da participação das equipesda Empresa em oficinas de Planos de Ação Nacional (PAN), organizados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), traçando estratégias e metas para a conservação de espécies ameaçadas. Por meio desta iniciativa foi possível alinhar as atividades de monitoramento, em cumprimento à legislação ambiental,àuma agenda estratégica de conservação de espécies no País.

Nesse sentido, Furnas tem participado de diferentes PANs, como o PAN do pato mergulhão, PAN das aves da Mata Atlântica, PAN das aves do Cerrado e Pantanal, PAN dos ungulados, PAN do Paraíba do Sul e PAN dos pequenos felinos.

Além disso, FURNAS participa de diversos fóruns técnicos empresariais que tratam sobre o tema, com o Grupo de Trabalho de Recursos Aquáticos e Biodiversidade das Empresas Eletrobras (GT6) e a Câmara Técnica de Biodiversidade (CTBio) do CEBDS. A participação no CTBio proporcionou a divulgação de FURNAS e as demais empresas signatárias do Compromisso Empresarial Brasileiro para a Biodiversidade no evento internacional COP 15 (Conferência de Biodiversidade da ONU) realizado em Kunming, na China, em outubro de 2021. Disponível no Space Money.