Empresa apresenta Plano de Ação Emergencial da Usina de Furnas
Especialistas da empresa receberam na quinta-feira (28/3), na Usina de FURNAS (foto), agentes públicos de municípios localizados no entorno do empreendimento. O objetivo foi apresentar o Plano de Ação Emergencial (PAE), que é parte do Plano de Segurança de Barragens elaborado para a Usina de FURNAS e o Dique Piumhi.
Além do convite presencial aos representantes, uma cópia impressa do PAE também foi enviada às prefeituras e Defesas Civis para que as mesmas elaborem seus Planos de Contingência. A atividade foi articulada pelas gerências de Operação da hidrelétrica, de Geotecnia e Segurança de Barragens e de Estudos de Projetos de Geração.
Dos onze municípios listados (Capitólio já havia participado da atividade na primeira quinzena de março), estiveram presentes apenas membros das prefeituras de Piumhi, Ibiraci e Defesa Civil de Delfinópolis.
O gerente de operação da Usina de Furnas, Allylson Thales Teixeira, iniciou a apresentação com informações sobre o Sistema FURNAS e sua importância para o setor elétrico brasileiro. Posteriormente, mostrou as características técnicas e operacionais da hidrelétrica de FURNAS e da barragem auxiliar de Piumhi.
"Além de cumprir toda a legislação e estarmos em dia com as regras da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), fizemos esse convite para apresentar a vocês nossas atitudes em relação ao tema segurança de barragens e nortear as prefeituras e defesas civis para que estejam cientes de suas responsabilidades junto à população", disse.
O engenheiro civil e geotécnico Marco Antônio Ramidan, da Gerência de Segurança de Barragens, explicou inicialmente as diferenças básicas entre o projeto de uma barragem de rejeitos de minério e de uma usina hidrelétrica. O especialista citou como referência e expertise os critérios rigorosos de projetos e as normas técnicas às quais eles estão associados.
"Avaliamos o comportamento hidráulico dos empreendimentos e gostaríamos de tranquilizar a todos, informando que nossas barragens são muito seguras. E como vocês são representantes legais do povo, precisamos deste apoio para que levem o esclarecimento à população de seus municípios", esclareceu.
Outro destaque do engenheiro foi a explicação de que projetos de barragens de hidrelétricas são concebidos a partir de estudos criteriosos. Essas estruturas passam por inspeções periódicas de campo e contam ferramentas próprias de auscultação, durante todo o seu período de operação, o que permite monitorar seu comportamento em relação aos níveis de segurança definidos.
Na última etapa da apresentação, o engenheiro Cristiano Neves Simão, da Gerência de Estudos e Projetos de Geração, apresentou o estudo de dambreak da Usina de Furnas, que modela matematicamente a hipotética ruptura da barragem e a propagação da onda associada.
Os resultados do estudo podem ser apresentados em forma de mapas e tabelas. "Qualquer análise pode ser solicitada à área para que, em caso de necessidade, a Defesa Civil venha a agir em algum município afetado", orientou Simão.
A partir deste estudo, as defesas civis vão elaborar os respectivos Planos de Contingência e as ações necessárias para a emergência. Devem ser determinadas as rotas de fuga, pontos de encontro e sistemas de alerta, entre outros. "Os engenheiros de FURNAS podem ser acionados a fim de contribuir na definição dos pontos de encontro mais adequados", concluiu o engenheiro.