Ministro Bento Albuquerque visita Usina de Furnas

Reunião com lideranças locais buscou compromisso de cota mínima para o reservatório

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Crédito: Pedro Gontijo


O presidente de FURNAS Pedro Brito participou de uma reunião nessa segunda-feira (14/12), na Usina de Furnas, com a presença do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a diretora-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Christianne Dias e o diretor geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, além do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, prefeitos, e parlamentares de Minas Gerais. 

A reunião buscou estabelecer consenso entre os líderes locais, o Governo Federal e os órgãos de controle para equacionar os problemas causados pelo baixo nível dos reservatórios de Furnas e Mascarenhas de Moraes, contemplando o seu uso múltiplo. O ministro Bento Albuquerque afirmou que o Governo Federal tem o compromisso de elevar a cota do reservatório de Furnas para 762m.

“O Governo Federal não está alheio ao que a comunidade no entorno do reservatório de Furnas está passando e está se esforçando para dar respostas. Temos uma relação direta, franca e participativa com a bancada de Minas e o compromisso de levar adiante essas demandas. Vamos melhorar a nossa coordenação para que possamos apresentar para a sociedade, de forma periódica, a evolução dessas ações estruturantes para elevar a cota do reservatório de Furnas para 762 metros”, afirmou ele.

Na abertura da reunião, o presidente Pedro Brito abriu a reunião destacou o apoio de FURNAS a projetos de desenvolvimento sustentável e conservação ambiental, como o reflorestamento de nascentes. O objetivo é recuperar a vegetação e as funções ecológicas das APPs de nascentes, envolvendo os atores locais, eliminando os fatores de degradação do solo e implantando técnica de recuperação de acordo com o diagnóstico e com o Código Florestal. “O reflorestamento de nascentes é fator determinante para elevar o nível do reservatório”, declarou.

No encontro, foi apresentada a importância estratégica da UHE Furnas para o armazenamento de água para as usinas da cascata, e as medidas que já foram tomadas para a recuperação do volume do reservatório, como o acionamento das térmicas, a importação de energia de energia elétrica da Argentina e o aumento da geração das usinas do Rio São Francisco.

Também foram apresentados os níveis da Hidrovia Tietê-Paraná. O Diretor Geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi explicou que, em condições normais de operação, a água que sai do reservatório de Furnas para manter a navegabilidade na hidrovia não chega a 7% de volume útil. “O reservatório da Usina de Furnas não esvazia por causa da hidrovia e não é a obra de retirada do enrocamento que vai fazer com que o reservatório chegue na cota 762m”, afirmou ele.

“É de interesse de todos que os reservatórios das usinas hidrelétricas possam operar em níveis mais elevados e, com a chegada do período úmido, teremos as condições necessárias para permitir a recuperação desses reservatórios, em especial dos de Furnas e Mascarenhas de Moraes. A operação desses reservatórios vem sendo acompanhada de reuniões periódicas com a participação de todas as instituições envolvidas. Superado esse período crítico, o ONS vai apresentar novas regras operativas de transição com o objetivo de recuperar esses níveis”, finalizou o Secretário de Energia Elétrica do MME, Rodrigo Limp.
 

Por: Leonardo Cunha